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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Por trás do silêncio...

Silenciar nem sempre significa inatividade. Por vezes o silêncio espelha apenas a indignação calada que os olhos capturaram, que a boca não foi capaz de verbalizar e até mesmo a escrita, com sua magnitude, não pôde sintetizar. É cruel aceitar que o silêncio acaba imperando nas situações em que, certamente, o grito seria a melhor opção. Gritar parece fácil e quando se pensa no alto som da voz, a impressão é a de que alguém ouvirá. Como não escutar o brado, ainda mais alto e dolorido partindo de dentro, de onde nasce o desespero por ver, ouvir e não conseguir falar? Contudo, a pior das constatações está na insensível realidade, na malévola atitude pálida e insossa da inoperância, das respostas medíocres, da despreocupação proposital culminada no riso hipócrita do “infelizmente não há o que fazer”. Como admitir isso? Como aceitar a negativa como única opção? Como viver o caos e acostumar-se a ele? Quando alguém emudece não se pode, simplesmente, pré julgar e apenas concluir: “ficou ...