Sobre cabelos e outras voltas que a vida dá...

Lembro-me bem de quando tinha 12 anos. 12 não, talvez um pouco menos. 10 anos, isso. Era aquele tipo de criança miudinha – a sensação é de que tenho o mesmo tamanho desde então – nunca fui do tipo magra, era mais o que minha avó dizia: “tem saúde, essa menina!”. Uma criança, com coisas de criança, mas com certas insatisfações tão severas, que, às vezes, nem parecia ser criança. Sabe o cabelo enrolado? Ah, que tristeza que era aquilo… Estar diante do espelho, ver os cabelos rebeldes, sem limites, como se estivessem em plena revolução, despertava a vontade de entrar, literalmente, em guerra contra aqueles fios indomáveis. É… e virou guerra MESMO! Nas primeiras batalhas, obriguei minha mãe a ser aliada de fronte; olhei para ela, decidida, e disse: “vamos alisar”. Decisão que parecia muito corajosa para uma menina de 12 anos, agora sim, já com 12 anos e insatisfações ainda maiores. Começamos a saga da compra de produtos e idas aos salões de beleza, mas nada parecia adiantar muit...