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Mostrando postagens de outubro, 2021

O sertão que há em nós

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"Em beiras de ruas de chão batido, enfileirados desenham escadas humanas, pequenas vidas severinas de severidades que se aproximam, vão no vão de seus anseios desejar o mínimo – arroz, feijão – a fome, se vai embora, deixa solidão; ela é constante companhia. Dói o estômago vazio, dói mais o pouco raciocínio de quem, tendo a chance, não resolve problemas, apenas fomenta a confusão."   Aridez de sentimentos em terra rachada de corações-torrões, sangra os calcanhares dos pés cansados, desses andarilhos, tantas vezes, desanimados em busca de sua própria redenção. Ouvi dizer que têm sede de justiça, cuja fonte anda seca; de cuias nas mãos, imploram: dignidade! Gritam no deserto – não têm eco, não têm representatividade. Em beiras de ruas de chão batido, enfileirados desenham escadas humanas, pequenas vidas severinas de severidades que se aproximam, vão no vão de seus anseios desejar o mínimo – arroz, feijão – a fome, se vai embora, deixa solidão; ela é constante companhia. Dói o e...