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Mostrando postagens de abril, 2011

Algumas considerações

Sobre a barbárie ocorrida na última semana no RJ: O “atirador” Wellington Menezes teria sido vítima de bullying na época em que estudou naquela mesma escola, cenário do crime. Um jovem transtornado e inspirado pelo sentimento de vingança. O fato me fez lembrar o vídeo recentemente divulgado pela mídia, onde um adolescente, vítima de bullying , revida, violentamente, as agressões que vinha sofrendo. Casos similares, em proporções absurdamente diversas, mas que revelam a insensatez, o relapso no não tratamento deste tipo de "patologia". As vidas perdidas no último dia 07 não podem ser restabelecidas, mas outras vidas podem ser salvas. É suficiente nossa manifesta indignação? Temo que não. Agir é o verbo a ser empregado neste momento. Semana passada foi no RJ... hoje pode ser aqui. E nós? O que faremos? Melhor: O que estamos fazendo?... Uns mais iguais que os outros: O problema de toda iniciativa é que ela precisa ser dada. Fosse espontânea como respirar ou quase imotivada c...

E o Itabira, hein?

Se Tom Jobim soubesse o que as águas de março fizeram por aqui enquanto fechavam o verão cachoeirense, talvez ele nos fizesse o gracejo de mudar sua rima. Ao invés de “é a promessa de vida no teu coração” ele diria “vamos disponibilizar mais recursos para a recuperação”. É fato que a chuva não deu trégua e vez ou outra volta a cair com intensidade por aqui e em municípios vizinhos. Águas que se acumulam desembocam no Itapemirim e causam enchentes. Barreiras caem por todos os lados, crateras se abrem nas estradas, ou seja, novos problemas que só fazem render o “feijão velho e desenxabido” que ferve nesta panela administrativa. E já que o feijão está pra lá de aguado, falar da vaca fria não fará diferença para este nada requintado cardápio. Voltemos, pois, ao caso Itabira. Por diversas vezes a região, que é cartão postal da cidade, foi tema de debate nos jornais, uma repetição de reivindicações e mais atualmente denúncias (tudo por conta do ex, atual, ou quem sabe, Condomínio Aldeia do...

Amor partido

Quisera eu poder falar do amor, Mas este bandido fugiu de mim E desde então uso de subterfúgios Para que eu mesma possa fugir. Já faz algum tempo que ele se foi. Lembro quando me disse “ adeus ”, Lembro da simultaneidade entre sua despedida... ...e minhas lágrimas. Era tarde, sol tímido, Fitou meus olhos pela última vez. Com ar gélido e sofreguidão, Balbuciou o fim, deu-me as costas e partiu. Custou-me a compreensão do ‘não mais’: Não mais tê-lo por perto, Não mais tocá-lo, Não mais senti-lo... Acostumei-me a estar sem ele, Acomodaram-se as lembranças, Calou-se o sofrimento... Das labaredas às cinzas, agora, espalhadas pelo vento. Como viajante que, em busca de carona, Acena à beira da estrada, Mas ninguém o vê, Cansei-me de acenos não correspondidos. Sigo viagem e a cada passo Mais se distancia o horizonte. Do amor que tive, restaram-me acomodadas lembranças. Do amor que terei (?), apenas algumas frágeis esperanças. Valquiria Rigon Volpato 17 de janeiro de 2011