Rede Social não é mais novidade para ninguém, isso porque a globalização nos “forçou” a uma inclusão digital como nunca se viu e o acesso à internet se tornou obrigatório. Creio que, há poucos anos, alguém ainda teria coragem para dizer que poderia viver sem navegar na grande rede (teria), porém atualmente, a realidade virtual é fato inegável, irrevogável. É coisa que, daqui um tempo, virá na cesta básica...
O mundo virtual abriga uma nova vida extremamente agitada, cheia de lances repentinos “curtidos”, “comentados” e, especialmente, “compartilhados”. A bola da vez, sem medo de errar, é o Facebook. Lançado no ano de 2004, sua intenção era reunir estudantes de universidades e criar um novo ambiente estudantil na internet, entretanto, logo no ano de 2006 o Facebook foi aberto ao público, permitindo, assim, que uma enxurrada de novos participantes começasse a fazer parte deste novo mundo. Até as “febres” do relacionamento sócio-virtual como Orkut e MSN estão perdendo a liderança na preferência dos usuários.
As possibilidades que o “FB” disponibiliza são inúmeras; ferramentas que instigam a exposição do usuário, começando pela pergunta simples, mas objetiva: “no que você está pensando?”... Assim nenhuma intimidade é secreta. Os compartilhamentos são enxurradas de retransmissão e propagação daquilo que, a princípio, você está pensando. Imagens para falar de amor, amizade, para fazer rir, para falar de sexo, para ofender... Ao alcance de todos, ao “clique” de todos.
Os relacionamentos nascidos da internet, há muito questionado, oferecem riscos aos usuários de chats livres, vez que o fornecimento da informação desregrada associado ao desconhecimento de quem está por trás da tela de um computador qualquer, incentivam ainda mais a violência franca que se estabeleceu no seio social.
Milhares de frases, imagens e informações pessoais são despejados dia-a-dia nos murais virtuais do Facebook e você não é capaz de saber quem leu e compartilhou aquela informação. A internet é fascinante, especialmente em sua capacidade de encurtar distâncias, entretanto, pode ser comparada a uma faca que parte o pão, mas que também pode matar... Depende de quem a manuseia.
“Em que estou pensando agora?... Felizmente (ou infelizmente) Facebook, meus pensamentos não cabem em 420 caracteres”. (Valquiria Rigon Volpato).
(Valquiria Rigon Volpato - Advogada)