"Carpinejando"
“Conheci” Fabrício Carpinejar na IV Bienal Rubem Braga. Já havia lido alguma coisa de sua obra antes, mas, devo admitir que vê-lo e ouvi-lo foi além da leitura silenciosa que costumo desenvolver; meus olhos e ouvidos o leram! Das falas divertidas, verdadeiras e nada medidas que usou para expressar seu ponto escritor-pessoa de vista, não houve descarte, aproveitei-as todas e, sem medo, tornei-me “mosquito transmissor” de sua ideologia literária. A abolitio dos pré-conceitos: eis aí o ensinamento! O hoje escritor, que palestra pelo Brasil, mostrou-se um menino “nada convencional”, sem o estereotipo social aceitável. Sem belos olhos azuis ou corpo esculpido, escultural, o “aspirador de pó”, como revelou ter sido rotulado na infância, transformou-se em “expirador de letras”, anunciador de sua própria “desincasulação” através das palavras. Era lagarta; agora, borboleta (e aposto que é borboleta amarela, aquela, de Rubem, que fugiu). Voa! Ser atraída por Carpinejar não foi privil...