"Sempre tenho confiança de que não serei maltratado na porta do céu, e mesmo que São Pedro tenha ordem para não me deixar entrar, ele ficará indeciso quando eu lhe disser em voz baixa:"Eu sou lá de Cachoeiro..."

(Rubem Braga)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

IV Bienal Rubem Braga


O tempo não para e passa, aparentemente, cada vez mais rápido. Até “outro dia” estávamos às vésperas da primeira Bienal Rubem Braga, realizada no Pavilhão de Eventos da Ilha da Luz, um momento e um movimento ainda não tão difundidos, pessoas curiosas, duvidosas. Que história seria essa, contada através de bienais? Mais uma feira do livro?

Aos poucos, com experiência de anos passados, a Bienal Rubem Braga, finalmente começa a ser entendida como um “tributo” à literatura, vez que aqui, em Cachoeiro de Itapemirim, terra de Rei e Sabiá, não poderia deixar de existir uma festa que rendesse homenagem às palavras, tão bem tratadas pelas pontas das canetas e dos dedos daqueles que por nome e sobrenome dão título à Bienal.

O certo é que o evento literário que está para começar no próximo dia 15, nas dependências da Praça Jerônimo Monteiro, que, convenhamos, ganhou muito mais amplitude e foco depois que mudou de “território”, dará abrigo não só àqueles consagrados pela história, mas também evidenciará outros jovens e talentosos escritores que, passo a passo, caminham para ter seu lugar ao sol.

Vale dizer que, dentre os 30 e poucos jovens escritores que farão seus lançamentos durante a Bienal, a Doutora Tatiana Mareto Silva, advogada, professora, escritora, não estará presente (?). “O Segredo de Esplendora”, obra da literatura fantástica, literatura diferente do que se costuma ver e ler por essas bandas, fez sua estréia em terras capixabas, não em Cachoeiro, cidade da Bienal, mas sim em Marataízes, nossa vizinha “praiana”, no Palácio das Águias, na última sexta-feira, 11. Espero que, mesmo não sendo durante a Bienal, tenhamos a oportunidade de prestigiar o trabalho realizado pela Dra. Tatiana. Fica a dica para nossa Secretária de Cultura, Cristiane Resende Fagundes.

A IV Bienal Rubem Braga merece ser divulgada, disseminada por todos os cantos da cidade, para que, assim, mantenha-se eterna esta doce herança constituída de letras e sentimentos. Num dia qualquer da semana que passou, caminhando pela Praça Jerônimo Monteiro, observei mãe e filho. Ele, com seus quatro ou cinco anos, notando que havia tapetes vermelhos e tendas sendo montadas, indagava à mãe se haveria “circo” ou “parquinho” naquele local. Fiquei apreensiva por segundos e respondi mentalmente àquela pergunta, até que a mãe, calmamente lhe transmitiu o recado: “Não, é que vai ter Bienal Rubem Braga esse ano. Eles vão encher isso aqui de livros e a gente virá pra ver. Vai ser muito legal”.


Lição dada, lição aprendida. Na memória daquela criança a Bienal jamais será perdida. E assim se fazem jovens escritores. Assim se mantém acesa a chama. Assim se mantém a história, não de uma feira do livro, mas de uma bienal, da Bienal Rubem Braga!

(Valquiria Rigon Volpato - Advogada)

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