O tempo não para e passa, aparentemente,
cada vez mais rápido. Até “outro dia” estávamos às vésperas da primeira Bienal
Rubem Braga, realizada no Pavilhão de Eventos da Ilha da Luz, um momento e um movimento
ainda não tão difundidos, pessoas curiosas, duvidosas. Que história seria essa,
contada através de bienais? Mais uma feira do livro?
Aos poucos, com experiência de anos
passados, a Bienal Rubem Braga, finalmente começa a ser entendida como um “tributo”
à literatura, vez que aqui, em Cachoeiro de Itapemirim, terra de Rei e Sabiá, não
poderia deixar de existir uma festa que rendesse homenagem às palavras, tão bem
tratadas pelas pontas das canetas e dos dedos daqueles que por nome e sobrenome
dão título à Bienal.
O certo é que o evento literário que
está para começar no próximo dia 15, nas dependências da Praça Jerônimo
Monteiro, que, convenhamos, ganhou muito mais amplitude e foco depois que mudou
de “território”, dará abrigo não só àqueles consagrados pela história, mas
também evidenciará outros jovens e talentosos escritores que, passo a passo,
caminham para ter seu lugar ao sol.
Vale dizer que, dentre os 30 e poucos
jovens escritores que farão seus lançamentos durante a Bienal, a Doutora
Tatiana Mareto Silva, advogada, professora, escritora, não estará presente (?).
“O Segredo de Esplendora”, obra da
literatura fantástica, literatura diferente do que se costuma ver e ler por
essas bandas, fez sua estréia em terras capixabas, não em Cachoeiro, cidade da
Bienal, mas sim em Marataízes, nossa vizinha “praiana”, no Palácio das Águias,
na última sexta-feira, 11. Espero que, mesmo não sendo durante a Bienal,
tenhamos a oportunidade de prestigiar o trabalho realizado pela Dra. Tatiana.
Fica a dica para nossa Secretária de Cultura, Cristiane Resende Fagundes.
A IV Bienal Rubem Braga merece ser divulgada,
disseminada por todos os cantos da cidade, para que, assim, mantenha-se eterna
esta doce herança constituída de letras e sentimentos. Num dia qualquer da
semana que passou, caminhando pela Praça Jerônimo Monteiro, observei mãe e
filho. Ele, com seus quatro ou cinco anos, notando que havia tapetes vermelhos
e tendas sendo montadas, indagava à mãe se haveria “circo” ou “parquinho”
naquele local. Fiquei apreensiva por segundos e respondi mentalmente àquela
pergunta, até que a mãe, calmamente lhe transmitiu o recado: “Não, é que vai ter Bienal Rubem Braga esse
ano. Eles vão encher isso aqui de livros e a gente virá pra ver. Vai ser muito
legal”.
Lição dada, lição
aprendida. Na memória daquela criança a Bienal jamais será perdida. E assim se
fazem jovens escritores. Assim se mantém acesa a chama. Assim se mantém a
história, não de uma feira do livro, mas de uma bienal, da Bienal Rubem Braga!
(Valquiria Rigon Volpato - Advogada)
Nenhum comentário:
Postar um comentário