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Felicidade é pouco. O que eu quero ainda não tem nome! Deus não me deu asas, mas me permitiu voar! Salto inesquecível, rampa do Mirante em Vargem Alta - 06/07/2014 http://www.youtube.com/watch?v=RcriO322UoU

"Dois dedos de prosa"...

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...e foram só “dois dedinhos de prosa”. Tão rápido quanto engolir o café já nem tão quente. Entre um pensamento e outro, a conversa ligeira e lisonjeira ao passado que ficara para trás. Expressão saudosa, lembrando-se do que ficou parado em algum lugar no tempo, sorria vez ou outra contando com alegria peripécias que viveu. Falava com ardor ímpar sobre as noites e como as via chegar ao fim; das bebidas e bebedeiras. Impregnado do perfume barato misturado ao cigarro, ao álcool, voltava para casa exalando felicidade boêmia, caminhando com passos tortos e olhos miúdos, mas que cintilavam à luz amarelo-alaranjada-incandescente dos postes encontrados rua a fora. De volta, cabeça pesada sobre o travesseiro, encerrava ali a jornada noturna, sem sonhos, sem reflexos e reflexões, espécie de ponto final, dormia. Nada mais. Pausa. Outra lembrança. Um umidificar de olhos, quem sabe. Continuou. Mais histórias, mais intimidade com a madrugada – não falou sobre o dia; ignorou –, queria mesmo ...

(ainda sem título. Talvez nunca o tenha)

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"...aqui dentro, dentro de mim, ainda é noite." ...amanheceu. É possível que haja luz lá fora. É possível que haja flores colorindo os cenários. É possível que meninos estejam jogando futebol na rua, marcando gols entre traves de Havaianas. É possível que os passarinhos estejam construindo seus ninhos com gravetos nos bicos, espertos, arquitetos, engenheiros do ar! É possível que, em algumas cozinhas, mães estejam assando bolos de chocolate e enquanto o sabor em forma de cheiro inebria toda a casa, elas cantem ao som da música de suas épocas, músicas que só se escutam nas AMs matinais... É possível que amigos estejam conversando sobre qualquer banalidade que os faça sorrir, sentados nos bancos da praça, onde os pombos os rodeiam à expectativa de migalhas, farelos do pão que seguram envolto a um papel cinza salpicado de preto, papel esse que ganharam na padaria, momentos antes, das mãos do Silva, o José da Silva, nordestino, sujeito de caráter, de sorriso fácil, de vi...