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Mostrando postagens de março, 2011

Agora. Não mais.

A chuva caindo lá fora. É só o que ouço. Como se estivesse em mim, Como se me fizesse seu chão... Sinto-a escorrer, molhar, inundar E aos poucos, lentamente, afogo-me nela. Eu a abraço... tento segurá-la, Mas docemente ela se vai. Então a persigo, insisto, grito: fique! Tarde demais. Secou. Valquiria Rigon Volpato 11 de março de 2011.

O ano do Centenário

“[...] E só o que eu tenho, e que vós não tendes, que consolo triste! É esta sensibilidade dolorosa que se comove com misérias que às vezes mesmo os que as carregam desconhecem, esta sensibilidade que é uma antena delicadíssima, captando pedaços de todas as dores do mundo, e que me fará morrer de dores que não são minhas ”. (Fraternidade, de Newton Braga). A sensibilidade delicadíssima de Newton Braga, este ano, tornar-se-á centenária e é preciso render-lhe homenagens. Amante incondicional de sua cidade (que orgulhosamente também posso chamar de minha), o poeta, cronista, jornalista, advogado, nascido em 11 de agosto de 1911, na Fazenda do Frade, teve e tem insubstituível participação na história e cultura de Cachoeiro. Quando assumiu a direção do jornal “Correio do Sul”, fundado por Armando, seu irmão, talvez não imaginasse que deixaria seu nome nos registros da comunicação cachoeirense. Em 1939 criou o “Dia de Cachoeiro”, maior festa da cidade. E a homenagem ao “Cachoeirense Ausent...
"Erram tanto o que suspeita demais quanto o que demais confia". (Diderot)

Quebrem a perna!

É e sempre será fascinante ver o Teatro Rubem Braga cumprindo seu papel de expositor das artes cênicas! O IV FACCI – Festival de Artes Cênicas de Cachoeiro de Itapemirim – teve início no último dia 17 com a peça “O Burguês Ridículo” (que assisti pela segunda vez). A sensação de programar-se durante o dia para ir ao teatro é de “encher os olhos”, causa ansiedade, faz pensar como seria bom se ao invés de uma semana, fossem várias semanas de apresentações. Como seria bom se nos déssemos conta de nossa natureza artística e assumíssemos, de uma vez, esta doce herança! Infelizmente, apesar de tudo aquilo que já sabemos a respeito da música, literatura e claro, teatro, sabe-se, também, que o cachoeirense não está acostumado a esta rotina. Triste isso, porém recuperável, sem dúvida, afinal, “nunca é tarde para começar ou recomeçar”. O incentivo da Lei Rubem Braga teve participação evidente e decisiva no que tange a possibilidade de execução do projeto que segue até o dia 23 de março. A gratu...

Exército de um homem só

...e Cachoeiro foi parar na avenida do samba! Cantando e contando a vida de Roberto Carlos, a Beija-Flor, levou para sua quadra mais um título do carnaval carioca. Deveras, não observei tamanha ênfase sobre nossa cidade, a não ser nas muitas vezes que o nome “Cachoeiro” foi cantando por Neguinho e seus companheiros puxadores de samba. Não, não se trata de crítica ao que fora exposto no sambódromo, muito menos à vida de Roberto Carlos, mas trata-se da vontade e expectativa que tínhamos (ao menos eu tive) e o que foi apresentado pelas câmeras da Rede Globo... e falando em Rede Globo, é preciso concordar que o Plim Plim teve uma “suave” contribuição para a vitória. Não, não estou dizendo que não foi merecida, mas quem assistiu viu e se viu não pode vendar os olhos ou dizer diferente. E em que nos desmereceria isso? Sou muito mais Cachoeiro (leia-se também Roberto Carlos, afinal ele foi o homenageado) pelo que representa e não pela representação que fazem... Louros a quem merece, alguma...
"As feridas do coração , como as do corpo, mesmo quando saram, deixam cicatrizes". (SAADI)