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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Eu?... quem sabe?

...acho que posso me definir sim, talvez não tão bem, porque ainda sou um EU em construção. Sou do tipo que gosta de sorrir e fazer sorrir (não, eu não sei contar piadas engraçadas, não seria uma boa comediante, mas ainda assim, tento provocar o riso). Houve um tempo em que era adepta às lágrimas, porém, aos poucos, resolvi que elas deveriam ser substituídas. Não mais as provoco e a todo instante mantenho-me firme para que os outros não as provoquem em mim. Se um dia desses elas reaparecerem, quero que sejam de alegria; quero lágrimas misturadas ao riso...  Acredito que a vida pode ser mais, que não viemos a este mundo a passeio e que cada um tem uma missão importante para cumprir. Aos poucos estou buscando descobrir a minha. Quero deixar meu nome escrito, não em um busto numa praça, mas nos corações e na lembrança daqueles para quem eu fizer o bem. Se um dia quiserem me render homenagem, que seja feita através das boas recordações e que isso emocione, mas que não provoque tristez...

É preciso "corar" de vez em quando...

A grande maioria de meus artigos nasceu de conversas, observações durante o caminhar pelas calçadas cachoeirenses. Aprecio a arte de observar e traçar, imaginariamente, qual seria a situação desenhada naquele cenário mudo captado por meus olhos. Quando devidamente entrelaçadas, as palavras facilmente me emocionam e isso pode até ser que demonstre fragilidade, mas prefiro encarar como sensibilidade, talvez não a mesma captada por aquela “antena delicadíssima” que Newton Braga possuía, no entanto não menos valiosa. Admiro a sabedoria popular, admiro a sabedoria científica, admiro o saber, especialmente quando quem o transmite tem o dom de fazê-lo. Felizmente nossa capital secreta nos reserva momentos ímpares, oportunidades que São Paulo, por exemplo, não nos daria ou não nos permitiria. Cachoeiro nos faz sermos mais próximos, nos garante o encontro casual, que está marcado naquele mesmo local de sempre, onde não se agendam reservas, mas que, inevitavelmente, se tem cadeira cativa! Num...

Que será de mim?

Que será de mim, pássaro que quer voar sem asas? Imensidão de céu azul, algumas nuvens e aquela sensação de liberdade... Que liberdade? É que fico assim, que sou assim, uma captura da matéria, um peso, um preso, um corpo; é que sou assim, pensamento, mente em devaneio, soltura. Sou contradição entre aquilo que me prende e o que me liberta. E sofro. E quero. E insisto. E persisto. E fraquejo. E desisto. E morro em mim... Sofrimento besta, pequeno demais para o tamanho dessas minhas asas atrofiadas. Mas o que dizer e o que fazer? Ter asas e não saber (poder) voar? Desperdício é ter e não ter. Que infortúnio! Respiro fundo, preencho os pulmões, prendo aquele ar e tento embriagar-me dele, sei que em breve também irei perdê-lo, assim como todo o resto. Perdi. Não me recordo de ter ganhado alguma vez. O que tenho é aquilo que fui encontrando pelo caminho; coisas que outros não quiseram; partes, restos. Colhi o lixo deixado às margens da vida e pensei que, com jeitinho, poderia reciclá-lo e ...

Caso de Polícia

RESPEITO. HONESTIDADE. QUALIDADE. São estas as palavras inscritas em quadros com flores e paisagens na suja parede do DPJ de Cachoeiro de Itapemirim. O artigo deste domingo, assim como tantos outros já escritos, tem o escopo de ressaltar situações que devem ser mudadas, transformadas, para que o básico, o mínimo, o constitucional seja garantido à população e isso indistintamente; o artigo deste domingo expressa minha particular revolta quanto à falta de estrutura física, de pessoal e salarial a que está submetida nossa (in) segurança. Na sexta-feira, 10, caminhando por uma das ruas do bairro Independência às 14h, fui surpreendida por indivíduo que “nojentamente” tentou lançar mão sobre mim (e uso este termo no intuito de abrandar a narrativa dos fatos, em respeito a você, leitor). Assustada com o ocorrido, gritei, qualifiquei o sujeito com palavrões até bastante suaves se comparados ao que ele merecia. Ainda trêmula decidi que deveria fazer registro do ocorrido, então me dirigi ao D...