Postagens

Mostrando postagens de junho, 2012

De repente...

Acontece assim mesmo: Ideia pronta, tema definido, tudo certo... Será?! Feliz aquele que está apto a receber o “de repente”, esse acaso que muda (e nos muda) por inteiro. Escrever é metamorfose e, também, metamorfosear. Transformação de si mesmo, algo como Raul (o Seixas) disse naquela canção: “ Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo ”. E como tinha razão aquele moço! Viver daquela enferrujada visão, dificultando o mover das engrenagens, estreitando horizontes, morrendo em um universo miúdo e pobre. Não! Nada de contentar-se com o que está pronto, porque nossas verdades são como placas tectônicas, sempre em movimento, em processo de formação. Vez ou outra se chocam, esbarram-se comprimindo umas às outras, causam grandes abalos, desmoronam casas aparentemente sólidas, mudam coisas de lugar... Destroem, provocam dor, sofrimento, mas o ponto crucial desse encontro de placas é que, após toda a desordem e destruição causadas p...

Da “Criogenia” para a ressurreição?

Na última sexta, 15, o portal de notícias do G1 lançou matéria sobre possível caso de “criogenia”. Resumidamente, a reportagem dava conta de que o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu a favor de filha que deseja enviar o corpo do pai para os EUA, a fim de que lá possa ser “congelado” e preservado a baixíssimas temperaturas até que, em momento futuro, possa ser reanimado (ou não?!), isto é, trazido novamente à vida. O embate judicial se dá face às outras duas irmãs, que querem ver o corpo do pai devidamente sepultado no cemitério de Canoas, cidade onde vivem. A filha, vitoriosa até então, já gastou aproximadamente 95 mil reais para cumprir com o que ela chama de “atendimento ao pedido de seu falecido pai” (enquanto estava vivo, claro!), que versava justamente sobre a possibilidade do congelamento. Inegavelmente, estamos vivendo “tempos modernos”! Antes de adentrar a polêmica do assunto, cabe dizer que o termo correto a ser utilizado para determinar a preservação a bai...

Meu pão, seu café

Imagem
Para quem gosta de observar detalhes e aprecia aquela “síntese do cotidiano”, qualquer pingo é letra, qualquer risada é crônica e uma frase inesperada se transforma em título para uma composição, assim, como esta! Sou do tipo que observa o simples, que encontra nas “pequenezas” as grandezas, que até nos trocadilhos se inspira para rimar. E isso faz bem. Ao menos a mim faz. O ano, que não está mais começando, porque junho já nos deu as boas vindas, é eleitoral. Cachoeiro não é um grande centro, mas é a maior cidade do sul do estado e a contraposição que isso nos causa é muito interessante. Para os mais chegados, costumo dizer que Cachoeiro se recusa a assumir sua maioridade. Ainda existe em nós muito daquela sensação de encontrar todos os dias, inevitavelmente, alguém para dizer “oi”; bucolismo de cidade miudinha do interior, que não condeno, muito pelo contrário, gosto. Sinto-me em casa. Mas o “causo” não é esse! Numa pequena grande cidade como Cacheiro, a movimentação e esp...