Para quem gosta de observar detalhes e
aprecia aquela “síntese do cotidiano”, qualquer pingo é letra, qualquer risada
é crônica e uma frase inesperada se transforma em título para uma composição,
assim, como esta! Sou do tipo que observa o simples, que encontra nas
“pequenezas” as grandezas, que até nos trocadilhos se inspira para rimar. E
isso faz bem. Ao menos a mim faz.
O ano, que não está mais começando,
porque junho já nos deu as boas vindas, é eleitoral. Cachoeiro não é um grande
centro, mas é a maior cidade do sul do estado e a contraposição que isso nos
causa é muito interessante. Para os mais chegados, costumo dizer que Cachoeiro
se recusa a assumir sua maioridade. Ainda existe em nós muito daquela sensação
de encontrar todos os dias, inevitavelmente, alguém para dizer “oi”; bucolismo
de cidade miudinha do interior, que não condeno, muito pelo contrário, gosto.
Sinto-me em casa. Mas o “causo” não é esse!
Numa pequena grande cidade como
Cacheiro, a movimentação e especulações políticas se tornam assunto constante e
não se pode recriminar ninguém por isso. Melhor assim, que se discuta, afinal,
o tema é vasto e outubro está logo ali. Fervilham os pré-candidatos e seus
partidos. Quem serão os elegíveis? É nesta vertente de comentários que passo a
cumprir com meu “dever” de observadora. O ex-prefeito, atual presidente da
Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM), declarou na última
quinta-feira, 31, que não, não, não, não, ele não será candidato a prefeito de
Cachoeiro de Itapemirim. Pois é. Ferraço não estará na disputa, o que causa
certo “furdunço” na pequena “Sucupira”... Se Odorico, quer dizer, Theodorico,
não será candidato (por que “preferia que
fosse um nome novo a ser experimentado”, como citou em matéria online deste jornal? Difícil saber.), as
possibilidades de outros candidatos aumentam vez que, de fato, votos que se
direcionariam a ele, terão de ser rateados entre outros e aí, salve-se quem
puder (da falta de votos ou do “Zeca Diabo”!).
Negócio mais “bobo” em ano de eleições é
repetir aquela velha filosofia do “preste atenção em quem votar. Verifique a
vida pregressa do seu candidato. Examine quem é e o que pode fazer... por você?”...
Lógico... que NÃO! Política não é feita para abranger interesses individuais. Aquele
que merecer seu voto deve agir em prol da comunidade e estender o bem que quer
para si a todos (ou pelo menos a uma maioria). Bons candidatos não se medem
pela campanha mais bonita ou mais cara... Juízo eleitor! Juízo de ideias e de
valores...
Possuir responsabilidade política é ser
consciente de que assumir cargo de gerenciamento na Administração Pública é
zelar pelo povo e lançar olhar igualitário para as causas periclitantes. É ser
justo e firme no SIM ou no NÃO.
Na padaria, durante o café da tarde, o
“meu pão, seu café” funciona muito bem, mas no dia a dia da gestão pública, meu
pão é seu pão e seu café é meu café... E se assim não é, já diria minha avó
Aparecida: “di certo que deveria ser”.
(Valquiria Rigon Volpato - Advogada)
Vou fazer meu comentário com um vídeo retirado do youtube.
ResponderExcluirSo sei que a partir de hoje não escolho mais candidato, escolherei somente partido. Não adianta eleger um candidato novo, se ele faz parte do mesmo partido que sempre teve representação.
http://www.youtube.com/watch?v=tu_ca23eQQw&feature=player_embedded#