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Mostrando postagens de 2013

“Não gosto de política, Deus me livre!”

Não sou muito favorável àquela antiga fala “não gosto de política, Deus me livre!”, que não raro escutamos por aí. Quem não tem afinidade com política, normalmente, recusa-se até a opinar sobre o assunto, num total “deixa isso pra lá e vamos falar de futebol”. Uma pena, porque talvez muito do que hoje é objeto do desgosto de tantos, poderia (quem sabe) ser, ainda que minimamente, distinto do que é. Se me perguntarem: Valquiria, você gosta de política? Minha resposta virá nestes termos: Gostar não é o melhor verbo para se empregar à pergunta, muito menos à resposta. O caso não pede um gostar puro e simplesmente, mas sim um dever; o exercício diário do não se furtar ao assunto, não se permitir escapar da reflexão, ainda que custosa, sobre todas as mazelas vividas ao longo da história, do não descartar convites que solicitam a participação, do não desistir das possíveis realizações e das necessárias mudanças; do não conhecer e do não se privar de ser cidadão. Criticar por criticar ...

Audiência Pública no Itabira

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Audiência Pública realizada no Itabira - 02.04.2013 A conteceu no dia 02 de abril a tão esperada Audiência Pública para aprovar o Plano de Manejo do Monumento Natural do Itabira, momento que contou, efetivamente, com a participação popular. Presentes, também, o Prefeito, o Secretário de Meio Ambiente, Gustavo Coelho Marins, o representante do Ministério Público, Dr. Hermes Zaneti Júnior, Conselheiros do CMMNI, integrantes da empresa Visão Ambiental, responsável pela coordenação dos estudos, os vereadores Alexandre Maitan e Delandi Macedo, além de outras importantes presenças, que no decorrer dos trabalhos deram sua contribuição. O evento foi dividido em duas partes, sendo a primeira reservada à exposição dos estudos técnicos realizados na região, e a segunda para perguntas, debates e esclarecimentos de dúvidas. O público presente, formado, como não poderia deixar de ser, essencialmente por proprietários das terras em questão, não economizaram perguntas e, felizmente, saíra...

Quando há determinação, nada pode impedir!

Li esta semana no Portal G1 matéria que me causou especial comoção. Falava sobre o “menino” Cláudio Luciano Dusik, que nasceu com atrofia muscular espinhal (AME), doença degenerativa que deforma o corpo e limita os movimentos. De acordo com os médicos ele viveria até os 14 anos, se muito. Não havia, exatamente, uma história a ser contada, porque sua história já se iniciara com fim anunciado. Vivendo em universo de prováveis impossibilidades, Cláudio, gaúcho de Esteio, Região Metropolitana de Porto Alegre, levado pela mãe, passou a frequentar a escola e por várias vezes ficava sozinho na sala de aula na hora do intervalo, pois não tinha acessibilidade para ir ao pátio do colégio que ficava no térreo do prédio. Somente mais tarde, na terceira série, um professor desenvolveu projeto chamado “Ajudante do Dia” e foi a partir daí que começou a interagir com outras crianças. Sentiu-se feliz por poder ser empurrado na cadeira de rodas adaptada e por cair de vez em quando; o menino, final...

E vai ficar por isso mesmo?

No início da semana fiquei sabendo de fato entristecedor, que aconteceu (e acontece) nos arredores da igreja Nosso Senhor dos Passos, a Matriz Velha, como muitos ainda chamam. Disseram-me que, no final da tarde de terça-feira, vários adolescentes, em sua maioria estudantes do colégio Liceu Muniz Freire, aglomeraram-se para assistir uma suposta briga de meninas, num verdadeiro tumulto às portas da igreja. Ainda segundo informações, funcionários da igreja ficaram amedrontados, vez que os jovens se portavam de maneira agressiva e impediam até mesmo a entrada na igreja. Mas este não foi o pior dos acontecimentos. No intuito de dispersar os espectadores da briga e também aqueles envolvidos diretamente nela, uma senhora que, por questões de segurança não citarei o nome, ligou para a polícia e informou o que estava acontecendo, mas, infelizmente, foi neste momento que o abominável ocorreu. Um dos jovens avançou em direção à senhora e, brutalmente, agrediu-a, derrubou-a e aproveitando-s...

Pequenas atitudes, grandes realizações!

As mudanças que queremos ver no mundo devem começar em nós e isso não se discute. Engana-se quem pensa ser apenas com atos homéricos que se conquista algo também grandioso; engana-se quem associa a grandiosidade das obras ao tamanho de seus gabaritos. Existem “grandezas” que os olhos não veem e outras que podem ser vistas, mas que nem sempre são percebidas. Quando existe vontade a mudança acontece. E substituindo a palavra “vontade” por “interesse”, fica ainda mais nítida a possibilidade de transformação da realidade. Vontade e interesse até se assemelham, porém são distintos; primos, quem sabe. Ter o desprendimento necessário para atingir o nível satisfatório de vontade capaz de promover soluções sem para isso obter nada em troca (um sorriso?), citando Shakespeare: “eis a questão”. As pequenas atitudes que geram grandes realizações (não visuais), mas interiores, estão intimamente ligadas ao desejo de fazer e ser o bem que o outro necessita. Nada mais. Não há contrapartida. ...

A SAÚDE em crise

Na última semana, hospitais do sul do Estado foram tema de discussão na Câmara Municipal e o assunto ocupou parcela significativa dos jornais, especialmente, após a realização de Audiência Pública convocada pela Assembleia Legislativa, na quinta-feira, 21.  Presenças dos Deputados Estadual e Federal cachoeirenses serviram para dar ênfase à questão, o que é de cunho obrigatório, não apenas para as personagens do legislativo, mas, sem dúvidas, para todo o cidadão. Saúde é problema (infelizmente a denominação é mesmo essa) de todos. Durante a reunião, foram ouvidos representantes da Santa Casa de Misericórdia, Hospital Evangélico, Hospital Infantil e Clínica de Repouso Santa Isabel, esta última considerada como prioridade, vez que, por insustentabilidade financeira, ameaça fechar as portas e entregar à própria sorte internos e funcionários. Deveras o caso é gravíssimo, e sob vários aspectos, todos, a seu modo, relatados e registrados nos pronunciamentos feitos, inclusive, algun...

“Dormindo” eternamente em berço esplêndido

Finalmente, rompido o período carnavalesco, iniciamos 2013 a todo vapor (ou quase).  Brasil, este país “manso” por natureza, “deitado eternamente em berço esplêndido” (e uma professora de História, de quando eu estava no Ensino Fundamental, fez o trocadilho que não esqueço, substituindo “deitado” por “dormindo”), não tem o costume de levar a sério os meses de janeiro e fevereiro (ao menos não antes do carnaval). Maturidade que ainda não veio; como se este imenso Brasil fosse uma criança maior em corpo do que em idade. Mas , já que agora rompemos, de vez, a barreira imposta pelo feriado festivo obrigatório, vamos ao trabalho! Feijoada política : No cenário político cachoeirense, de fato, a feijoada não foi servida, mas a panela de pressão já ferve e se agita em fogo alto há tempos, há pelo menos três meses... Bom cozinheiro sabe que se ficar tempo demais no fogo, o feijão pode secar por falta d’água, ou amolecer, se a água for demais... Pelo que se conhece, para estar no po...

Perfil

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Saiu na REVISTA LEIA do sábado, 16 de fevereiro de 2013, o meu perfil. (Créditos para a Jornalista Pammela Volpato)

Notícia crime

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No dia 21 de dezembro de 2012, sexta-feira, saí de minha casa (na região do Itabira) e ao me dirigir no sentido bairro São Luiz Gonzaga, infelizmente, testemunhei cena que, de imediato, deu-me a impressão apocalíptica, o que, como num flash , confirmou-se a teoria Maia do fim do mundo: na Rodovia do Contorno, numa extensão de aproximadamente um quilômetro, sacolas vazias, diversas delas, espalhadas, criminosamente... Muitas das aberrações humanas já vistas durante os muitos anos de sua existência, absurdamente, deixaram de ser consideradas estranhas, ou seja, como se fatos, tais como violência e morte, estivessem tão amplamente inseridos no cotidiano dos homens que não mais fizessem diferença ou causassem impacto; acostumou-se com o trágico e o trágico normalizou-se. É o que ocorre com o descaso para com o meio ambiente. O ato de arremessar “coisas” pela janela do carro, por exemplo, ou não coletar o lixo seletivamente, ou ainda não preocupar-se em depositar lixo em local a...