"Sempre tenho confiança de que não serei maltratado na porta do céu, e mesmo que São Pedro tenha ordem para não me deixar entrar, ele ficará indeciso quando eu lhe disser em voz baixa:"Eu sou lá de Cachoeiro..."

(Rubem Braga)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Melancolia...


No balanço das ondas,
No vai e vem do mar,
Foi assim que me perguntei: “Por onde andas?”...
...aquele a quem devo amar.

Era tarde, o sol partindo,
O vento revirando os cabelos.
Alguns vestígios de esperança sumindo,
O gélido ar eriçando os pêlos...

Onde procurar?
A quem buscar?
Apenas esperar?
Onde você está?

Sentimento sem nome,
Capaz de abrir feridas.
Cansei-me de brincar de esconde-esconde,
Desejo ter minha sentença proferida.

Versos infantis, de menina que sonha,
Versos tão febris, de mulher que deseja.
Versos inúteis...
...de quem só os tem para se agarrar.

Não é do amor que trato,
É da esperança.
Histórias, versos sem rima,
Pouquíssimas mudanças...

Torna-se pequeno o coração,
Se a alma perde as esperanças.
Torna-se pequeno o coração,
Daquele que possui, apenas, velhas lembranças...


Valquiria Rigon Volpato
02 de fevereiro de 2011.

2 comentários:

  1. Belíssimo canto, postado no dia da rainha do mar.
    Palavras leves, sentimentos profundos.
    Adorei...
    E seguirei...
    Saudações literárias!!!

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  2. Adorei seu blog, adorei seus versos, vc é um amor de pessoa!!!!

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