Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2011
"Se matares os desejos, matarás a mente. Um homem sem paixões não possui motivos para agir" (Claude Adrien Helvetius)

Cansei...

Cansei. Cansei mesmo de tanta gente que me diz mentiras, que parece ter prazer em me enganar. Passei uma boa parte de minha vida crendo que sabia qual era meu objetivo e como num sopro, tudo aquilo em que eu pensava crer se desfez. Cansei, cansei de levar a vida tão a sério, de achar que tenho muitos anos pela frente, quando amanhã mesmo posso não acordar. Aquela história de viver cada dia intensamente como se fosse o último não "colava" comigo: Loucura! É, eu pensava assim. Eu tinha uma montanha alta chamada Realidade, da qual eu não pensava sair; queria a segurança daquela montanha e me afastar dela causava-me calafrios. É, eu vivia assim. Mas estou aprendendo que viver intensamente não é sinônimo de insanidade; talvez em alguns casos esses dois sejam vizinhos, irmãos ou colegas bem próximos... mas e se forem? Aprendo, a cada dia, que viver intensamente é não me preocupar tanto com o amanhã, é sorrir o máximo que eu puder; cumprimentar a todos que me olharem nos olhos e d...

Até mais ver

Ei vem cá passarinho, Tenho uma coisa para lhe contar: Prometo que não lhe tiro mais do ninho, Porque já não tenho bilhetinhos para enviar. O que aconteceu foi que algo se perdeu. Antes havia sol, era dia! Agora... anoiteceu. Foi-se embora, dos versos, a magia. Ah, não me olhe assim, Não vem com esse olhar umedecido. Acalme-se que vou cuidar de mim. Isso estava escrito, apenas eu não havia percebido. Para você não farei disfarce, Não há porque esconder. Essa lágrima na face É conseqüência da angustia de não ter. Por enquanto, chega de sorrisos. Esgotou-se o encanto, Não quero mais vestígios É hora de começar um novo canto. Deixa assim como está, Deixa, então, eu te agradecer. Quem sabe um dia a gente se reencontra? Tchau passarinho, até mais ver... Valquiria Rigon Volpato 28 de junho de 2010.
" D ieu, amour et poésie sont les trois mots que je voudrais seuls graver sur ma pierre, si je mérite une pierre" (Lamartine)

Como evitar o inevitável?

Em ritmo de desastres climáticos. É assim que está o Brasil e outros tantos países pelo mundo. Ela, que chega a escassez para alguns, tem sido a grande vilã na desgraça de outros, justamente por motivo oposto: a abundância. As águas de dezembro e janeiro em nada querem ficar devendo as águas de março, e com toda a força que lhes é permitida pela natureza, despejam sua fúria abundante sobre a terra. Ela não escolhe aonde, apenas vem e arrasta tudo o que encontra, destruindo violentamente concreto e sonhos. Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro... Um privilégio às avessas da região Sudeste? Por onde passou deixou sua trilha de migalhas, porque são em migalhas que se tornam casas, carros, pontes e vidas... Muitas perdidas antes mesmo de terem a oportunidade de começar. O pranto de quem perdeu amigos e parentes, confunde-se com o pranto de quem virou “milagre”. Não se têm mais moradia, roupas, sapatos; às vezes se tem vida, outras vezes não. A tragédia força o homem a i...
" V iver, sofrer, morrer: três coisas não ensinadas nas universidades e que, todavia,  encerra em si toda a ciência necessária ao homem". (Auguez)

Ofensa à dignidade ou mero aborrecimento?

É certo que o dia-a-dia está repleto de acontecimentos, uma esteira contínua e ininterrupta de fatos, o que costumamos chamar de “rotina”. Do BOM DIA ao BOA NOITE estamos sujeitos a inúmeras situações, afinal, trabalhamos, estudamos, caminhamos pelas ruas, convivemos nos mais diversos tipos de ambientes e com os mais diferentes tipos de pessoas. Trata-se de nossa rotina individual inserida na rotina coletiva da sociedade . E aí não há como escapar de alguns atritos, aborrecimentos, aumento do stress , cansaço... consequências da vida social. Mas e quando as chateações do cotidiano extrapolam os limites considerados aceitáveis? E quais são os limites “aceitáveis”? Atualmente, muito se fala em dano moral ; ofensa (grave) à Dignidade da Pessoa Humana, princípio amparado pela Constituição Federal. Uma espécie de ofensa capaz de causar dor, vexame, sofrimento ou humilhação ao indivíduo. No entanto, como mensurar a seriedade e a extensão desta lesão extrapatrimonial? Como saber o que causa...

Ano Novo... E a vida? Também?

O ano novo chegou, já é 2011, todas as promessas não cumpridas no ano passado foram renovadas, incrementadas e certamente muitas outras foram feitas. Natural. O homem é assim, precisa criar sempre novos objetivos, traçar metas; o fato de não ter um caminho a ser seguido causa insegurança e dá a impressão (correta) de que não se sabe para onde ir. É bom ter objetivos, assim não se perde a esperança e a vontade de continuar caminhando... Neste clima de mudanças, de vida nova, quisera eu não ter que falar sobre os famosos problemas, entretanto e infelizmente, apesar do ano novo, existem problemas bem velhos a serem sanados. Primeiro há que se dizer sobre a enchente que assustou Cachoeiro às vésperas do revellión. Os lojistas do Centro tiveram graves prejuízos, perdas que foram contabilizadas e tentarão ser amenizadas por meio de empréstimos através do BANDES e BANESTES. A reunião para decidir sobre a verba especial liberada pelo Governo do Estado foi realizada no dia 04 último, no Gabine...

Suicídio

Certa vez pensou que pudesse voar, Abriu os braços o máximo que pôde. Sentiu a brisa fresca passando entre os dedos. Estava livre. Sentia-se assim. Achando que poderia voar, fechou os olhos, calou os pensamentos... Largou o corpo no ar. Caindo, numa lentidão que apenas sua alma podia sentir, Não percebeu que aos poucos se perdia. Caindo... caindo... uma folha ao sabor do vento. Sem rumo, sem destino, sem chegada, apenas uma partida. Caindo... caindo ... caindo... Pássaro solitário voando no vazio de seu céu, s eu próprio eu. Caindo ... livre ... leve ... voando... partindo ... solidão. Chorando. Uma última lágrima triste. Sem saber para onde, Partiu sem chegada, mas chegou, quase como sem querer. Encontrou quem não queria, abriu os olhos, viu quem não queria ver... Num segundo era livre, no outro, deparou-se com a morte. Valquiria Rigon Volpato 06 de agosto de 2008
"Quem não compreende um olhar tampouco há de compreender uma longa explicação" (S.A.D.)

Insensatez

Lá vai você outra vez, Coração bobo, cheio de esperanças. Lá vai você, sorrindo, palpitando Como se tivessem lhe apagado as amargas lembranças. Lá vai você outra vez, Acreditar que não vais sofrer. Lá vai você, já fez as malas, fitou o horizonte Como se desta vez não fosse preciso correr. Lá vai você outra vez, Coração insano, que não aprende. Lá vai você, sonhando, esperando Como se o antes fosse mudar de repente. Lá vai você outra vez, Brincar de vida nova. Lá vai você, ingênuo, inconseqüente Como se não soubesse que nem tudo se renova. Lá vai você outra vez, Coração que de tão estúpido de tudo se esqueceu. Lá vai você... sei que vais chorar Como se o pranto pudesse apagar a dor no peito teu. Lá vai você outra vez... Valquiria Rigon Volpato 10 de janeiro de 2011