Certa vez pensou que pudesse voar,
Abriu os braços o máximo que pôde.
Sentiu a brisa fresca passando entre os dedos.
Estava livre. Sentia-se assim.
Achando que poderia voar, fechou os olhos, calou os pensamentos...
Largou o corpo no ar.
Caindo, numa lentidão que apenas sua alma podia sentir,
Não percebeu que aos poucos se perdia.
Caindo... caindo... uma folha ao sabor do vento.
Sem rumo, sem destino, sem chegada, apenas uma partida.
Caindo... caindo ... caindo...
Pássaro solitário voando no vazio de seu céu, seu próprio eu.
Caindo ... livre ... leve ... voando... partindo ... solidão.
Chorando. Uma última lágrima triste.
Sem saber para onde,
Partiu sem chegada, mas chegou, quase como sem querer.
Encontrou quem não queria, abriu os olhos, viu quem não queria ver...
Num segundo era livre, no outro, deparou-se com a morte.
Valquiria Rigon Volpato
06 de agosto de 2008
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