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Mostrando postagens de setembro, 2011

Ela é assim

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(para minha amiga Suelen) Ela é assim: Meio louca e um pouco santa As vezes séria e outras vezes... ...outras vezes não sabe parar de rir. É meio bruxa, meio fada. Mostra-se forte, intocada, Mas tudo se transforma Como num passe de mágica. Tem seus encantos, suas malícias, Tem seus mistérios, seus segredos, Mas com suas palavras faz tudo perecer um “brinquedo”. Parece um pássaro, Voa alto em seus sonhos. Nada para ela é enfadonho. Ela é assim... Com seu jeito de criança, Ela sabe conquistar, viver e amar... ...amar muito. Mesmo que o amor que sente Esteja longe dos olhos da gente... Por amar demais Ela já sorriu, sofreu, chorou... Do verde de seus olhos Ao vermelho das lágrimas. Ela é assim... Não é pobre, não é rica, Mas tem um grande tesouro: Tem seu coração e seu sorriso Que valem mais do que ouro... Eu gosto dela assim, Sem conter o sorriso, Transbordando alegria, Espalhando sua magia a todos os seus. Ela... Ela é assim, Uma mistura, E tem sua doçura... Um ...

De olhos bem fechados

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Fechei os olhos, Apertei-os bem, Esforcei-me para mantê-los assim... Lembrei-me da felicidade, Dos risos que faziam das tardes as mais belas. O sol sobre a pele branca, o calor da juventude... ...tudo aquilo poderia ser instantâneo, Mas para mim significava a eternidade. De olhos bem fechados, Embarquei na mais linda viagem. Ali, de olhos fechados, A vida chamou-me pelo nome e sorriu faceira. Entre o fechar das pálpebras, Até o instante de enxergar a alegria que veloz se aproximava, Mal percebi a escuridão... De olhos fechados, Vivi outra vez; ressurgi do pó e alcei vôo. Mas uma lágrima interrompeu meu riso. Trouxe outra vez a solidão e a dor. Numa velha cadeira, imóvel, empoeirada... ...sozinha. Tive de abrir os olhos. Findou-se a vida; Calou-se em meu pranto; Fugiu deixando-me para trás. Valquiria Rigon Volpato 03 de março de 2010 (24 de setembro de 2011)

Os ACOMODADOS que se mudem

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Acho que todo o problema se resume nisso: há muitos acomodados por aí. Foi esta a conclusão a que cheguei. Tudo tem funcionado meio assim, meio parado, meio sem funcionar, é um típico “mais ou menos” que só pode ser atribuído ao acomodado, que tem característica própria, é cheio de manias e sempre, sempre mesmo, fica observando ao invés de agir. Tem acomodado para todos os gostos, tamanhos, dá para escolher. Tem aquele acomodado que se sente mais seguro em sua cadeira (onde costuma pensar que é rei) e sua frio quando vê alguém se aproximando. A situação é mais ou menos assim: “Ei, boa tarde! Você pode ver isso aqui para mim?”. Frase mortal para o acomodado-rei (vamos chamá-lo desta forma); o danado começa a ter calafrios e costuma fingir que não ouve (é uma defesa natural do tipo). Contudo, se o indivíduo que está pedindo ajuda não se intimida com essa reação e insisti em seu propósito, pode estar correndo sério risco: quanto mais acuado, mais agressivo. A resposta pela insistência é ...

Agroecologia: sinônimo de qualidade de vida

Na última semana Cachoeiro abriu suas portas para sediar o II Seminário Estadual de Agroecologia, que ocorreu nos dias 13 e 14. A iniciativa do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca – SEAG, em parceria com outros órgãos que visam desenvolver e criar políticas de sustentabilidade para a vida agrícola, foi amplamente encampado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural – SEMDER, coordenada pelo Secretário José Arcanjo Nunes, e também pelo INCAPER. Com público que superou expectativas atingindo número de aproximadamente quatrocentos participantes, o Seminário Estadual, que é itinerante, foi marcado pelo sucesso, graças à realização de um bom trabalho. Produtores rurais, jovens de Escolas da Família Agrícola – EFA de Cachoeiro, Castelo, Mimoso e Iconha, autoridades estaduais e municipais, dentre outros, puderam interagir e aprender um pouco mais sobre a Agroecologia que, basicamente, consiste em uma proposta alternat...

A busca de sentido nas coisas que se faz

Ao folhear um livro técnico jurídico, me surpreendo, em suas primeiras páginas, com uma inusitada particularidade: um trecho no qual o autor descreve sua busca de sentido em suas ações, relembrando, deste modo, alguns de seus momentos vividos. A noite veio, o frio nada convencional nesta cidade, em um inverno que já enrijece o corpo, demandando que fechemos janelas, para que assim consigamos dele escapar. Esse simples ato de “fechar janelas” na tentativa de manter afastado de nós esse já rigoroso frio noturno, revolve, em minha mente, a imagem e ideia de pessoas – que assim como nós, também seres humanos - que não possuem janelas e portas a serem fechadas, ou quiçá paredes e teto. Tudo isso me fez pensar em qual seria o sentido de ser “mais um” dos eleitores a votar nas próximas eleições, em face à atual distorção da ideia de política, que se altera no limiar dos anos pelas campanhas eleitorais - que mais se parecem com tramas de novelas. A política, em suas diversas manifestações, q...

Daqui e Dali

Um alerta : Não julgo ser crendice boba aquela velha história de fazer segredo sobre novas realizações ou pretensões, porque o que tem de “olho gordo” por aí, não é brincadeira! E isto é somente um alerta aos menos precavidos, aos mais inocentes e àqueles que pensam estar imunes às maldades alheias (Seria isso magia negra? Algum tipo de força sobrenatural? De maneira alguma. Trata-se do mais cristalino oportunismo). Que a vida em sociedade transformou-se numa espécie de “mata-mata”, ninguém duvida. As ambições cresceram mais do que à (quase extinta) solidariedade; não se recebem mais presentes: uma mão dá e a outra tira. Isso porque, como já dizia Carlos Drummond de Andrade: “ Todos os partidos políticos, são iguais. Todas as mulheres que andam na moda são iguais. [...] Todas as guerras do mundo são iguais.  Todas as fomes são iguais. [...] Todas as ações, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais. Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa. Não é igual a...

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Feri-me. O rubro sangue tinge aos poucos a alva pele. Por sulcos imperfeitos espalha-se. Inventa caminhos pré-traçados... Feri-me. A dor do corte percorreu-me o corpo. Calafrios. Tensão. Dor. Ferida aberta, uma fenda de carne e sangue... Feri-me. I closed my eyes. Desejei não estar ferida (e não sentir-me ferida). I hoped to see different things… but… was late . Feri-me. And I really don’t know how I could do this . Encharcou-me o sangue ainda aquecido… O mesmo que, pouco antes, garantia-me vida. Feri-me. Dor física. Superável. Pele. Sangue. Carne. Cicatriz. Sarada a ferida, esquecida a dor. Fim. Feri-me. Não vi o sangue inventar caminhos. Pele e carne mantiveram-se intactas. Dor? Sim. Feri-me. Não o corpo. Machucou-me a alma. Arrebentou-me o coração... ...não sangrei; consumi-me em dor. E fim. Valquiria Rigon Volpato, 11 de setembro de 2011.