Fechei os olhos,
Apertei-os bem,
Esforcei-me para mantê-los assim...
Lembrei-me da felicidade,
Dos risos que faziam das tardes as mais belas.
O sol sobre a pele branca, o calor da juventude...
...tudo aquilo poderia ser instantâneo,
Mas para mim significava a eternidade.
Embarquei na mais linda viagem.
Ali, de olhos fechados,
A vida chamou-me pelo nome e sorriu faceira.
Entre o fechar das pálpebras,
Até o instante de enxergar a alegria que veloz se aproximava,
Mal percebi a escuridão...
De olhos fechados,
Vivi outra vez; ressurgi do pó e alcei vôo.
Mas uma lágrima interrompeu meu riso.
Trouxe outra vez a solidão e a dor.
Numa velha cadeira, imóvel, empoeirada...
...sozinha. Tive de abrir os olhos.
Findou-se a vida;
Calou-se em meu pranto;
Fugiu deixando-me para trás.
Valquiria Rigon Volpato
03 de março de 2010
(24 de setembro de 2011)
Nenhum comentário:
Postar um comentário