"Sempre tenho confiança de que não serei maltratado na porta do céu, e mesmo que São Pedro tenha ordem para não me deixar entrar, ele ficará indeciso quando eu lhe disser em voz baixa:"Eu sou lá de Cachoeiro..."

(Rubem Braga)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Orçamento Participativo e outras “coisinhas” indispensáveis

Reuniões do Orçamento Participativo visando a determinação de obras que deverão ser executadas em 2011, aconteceram na última semana. A ideia de envolver a população na escolha da “melhor” obra para seu bairro é, de fato, importante, até porque uma administração não é feita apenas de representantes do executivo; o povo deve estar envolvido, não apenas quando a questão é o voto. E sob a ótica que quer, o O.P. rende alguns pontos ao Prefeito. Afinal, a teoria costuma encantar, e assim, in casu, não é diferente... Atender a todos os pedidos é evidentemente impossível. Todos os bairros de Cachoeiro, de alguma forma necessitam de obras (são ruas não asfaltadas, muros não construídos (ou que construídos caíram), além das mesmas pequenas obras de sempre, onde estão incluídas aquelas necessárias à manutenção, para evitar que as chuvas, por exemplo, causem pequenos pontos de calamidade pelas ruas da cidade (como ocorreu, também, durante a semana). De qualquer forma, ainda mais importante do que determinar e direcionar o investimento do próximo ano, está o dever de cumprir o prometido. É aí que, novamente, deve aparecer a participação do povo: para fiscalizar e exigir. Dizem que “o que é combinado não sai caro” e é bem esta a verdade.

A Administração do Sr. Carlos Casteglione, com a implantação do O.P., está, claramente, abrindo espaço para futuros elogios e/ou críticas. Ressalte-se: O direito (a obrigação) do acompanhamento passo a passo daquilo que se planeja no reservado do gabinete ou das secretarias, pertence, indiscutivelmente, à população, ainda que não houvesse Orçamento Participativo. Não se deve esquivar-se das responsabilidades, aumentá-las ou diminuí-las levando em consideração esse ou aquele plano de governo. Portanto, cidadão cachoeirense, olhos abertos e mãos à obra (literalmente).

Mudando de assunto para falar sobre outras “coisinhas” indispensáveis... A Câmara também teve sua vez nos temas mais comentados nos jornais da cidade. A história do Rachid (que realmente teria dado um bom samba para o Carnaval 2010 na Linha Vermelha (que foi quase todo certinho... quase mesmo)) rendeu uma carta de renúncia ao cargo (que não era de vereador), que voltou a ser vereador, que tentou se explicar, que não convenceu, que teve conselho eleito para investigar (que teve também de ser investigado, pelas mesmas razões, diga-se de passagem... ai ai ai meu Deus) e que, por enquanto, foi afastado, até que se concluam as investigações do conselho que teve de ser investigado.

E como já dizia um bom vizinho: “Ora, ora seu cumpadi, é aí que a porca torça o rabo”. Depois de tudo isso, sinceramente, acho que por hoje é só.


(Valquiria Rigon Volpato - Advogada)

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